quinta-feira, 15 de março de 2007

LOW COST.. Esse fenómeno!

Admito, sou o maior fan deste fenómeno que nos últimos anos tem tido uma expansão galopante e hoje em dia já opera em quase todos os segmentos de mercado. Suportadas pela internet e por uma geração de jovens cada vez mais atenta e exigente, estas companhias têm reduzido ao mínimo os preços dos mais diversos produtos e serviços. Um bom exemplo disso é a companhia EASY do multimilionário grego Stelios Haji-Ioannou, que hoje em dia oferece soluções económicas em campos tão diferentes que vai desde telecomunicações, a pizzas e cinema como a aluguer de carros. A marca EASY tem é também responsável pela easyjet, que na sua oferta tem voos desde Lisboa e do Porto para várias cidades europeias.

Importa agora explicar o que quer dizer este termo tão ouvido em todo o lado? O que é LOW COST? Para explicar, posso-vos dizer que longe vão os tempos em que se pagava pela qualidade. Low Cost não significa falta de qualidade, significa reduzir ao mínimo os preços e assim cativar um maior número de possíveis clientes. Lembrem-se que a internet não tem fronteiras. Postos de atendimento em cada cidade tornam-se inúteis quando se pode ter um site, em casa de cada interessado, 24 horas disponível por dia e na nossa língua Mãe.

Mas o sector mais transformado com esta nova vaga foi sem dúvida o das viagens, e assim consequentemente o da Hotelaria. A Ryanair transportou só nos primeiros 9 meses de 2006 mais de 20 milhões de passageiros e conta actualmente com 362 destinos em 22 países. Mas temos também low costs no nosso país em sectores como Comunicações (Uzo, Rede 4, Tele 2), Roupa (Fabio Lucci), Restauração (Restaurante Mantra em Matosinhos por exemplo), Supermercados (Lidl) e outros que basta pensarmos. Há também outra tendência que passa pela dissimulação de uma marca noutra. Temos como exemplo mais conhecido a Mercedes e a Smart ou então a Samsung que lançou no mercado uma nova marca low cost, a Samtronic. Mais uma vez no sector das viagens, algumas companhias como a Air Europa renderam-se e tornaram-se low costs.. Outras criaram as suas próprias, como a Iberia com a Click Air (nome sugestivo, que revela a inegável importância da internet no desenrolar deste processo.)

Temos de recuar até aos anos 80/90 em que o chic passou a não ser necessariamente o caro. Bom exemplo é a Swatch que a meu ver teve um grande papel, era um produto absolutamente na moda e ao mesmo tempo, os relógios mais baratos do mercado. Isto veio transformar todos os cânones do consumismo que existiam até à altura.. A ameaça passa para o mercado tradicional, pois por exemplo no IKEA as pessoas sujeitam-se a ser ao mesmo tempo clientes, embaladores, empregados, armazenistas e transportadores. Aí está o (único?) perigo destes fenómenos low cost: As taxas subentendidas ao primeiro olhar e reguladoras.

A verdade é que facilitou a vida de todos e tornou possível para os clientes (e todos sabem quem são os clientes-alvo destes grupos) jovens permitirem-se a luxos nunca antes imaginados. Uma viagem? Um fim de semana fora? Deixou de ser exclusivo para as elites..

3 comentários:

Duarte Paul disse...

Aqui está um tópico de extrema importância que tem vindo a ser ignorado pelo nosso governo. O mercado low-cost está em expansão em todas as áreas e especialmente na aviação: Quem não acompanha esta tendência arrisca-se mesmo a “ficar em terra”!



Para começar, quero apenas explicar o porque da minha critica ao governo no paragrafo anterior. Eu sou, como muita gente, contra a construção do novo Aeroporto Internacional de Lisboa (OTA), e um dos motivos que eu sou contra a OTA é pelo facto de irmos perder 20% do tráfego aéreo com a saída das companhias low-cost do Aeroporto de Lisboa. Pois, as companhias aéreas só aterram em aeroportos com taxas baixas e todos sabemos que se as taxas da portela são das mais caras da Europa, as da OTA serão ainda maiores.



Outro ponto que gostaria de realçar é o facto de as companhias aéreas ‘tradicionais’ ainda não terem a concorrência das Low-Cost no mercado interno o que é de lamentar. Se uma Low-Cost disponibilizasse um voo LIS-OPO a um preço convidativo, obrigaria a TAP/PGA a baixar os preços acabando assim com este monopólio que tanto têm prejudicado os consumidores.

Unknown disse...

sou contra os low-cost....sou da opinião que os voos para barcelona deviam ser na mesma a 500 euros...só para evitar conferencias com tanta regularidade da l´oreal

Aluguer carros Lisboa disse...

O low cost está na moda, e não é pela moda, mas sim por necessidade das pessoas devido á crise. O aluguer de carros não é excepção