sexta-feira, 28 de abril de 2006

CHERNOBIL - 20 anos depois.

Foi precisamente em Abril de 1986 que o "famoso" reactor 4 da central nuclear de Tchernobyl, antes da EX-URSS agora território ucraniano, explodiu devido a um excesso de calor levando consigo de 30 a 60 mil vidas, numero esse nunca confirmado e trazendo uma gigantesca nuvem de radiação que chegou aos Balcãs e até mesmo a Irlanda. Mas toda a gente sabe, que num reactor que explode com mais de 190 toneladas de combustível nuclear, o grande problema são os efeitos radioactivos que ainda hoje são sentidos na zona que apresenta cerca de 4 vezes mais nível de radiação do que o aconselhado. Apesar de tudo isto, o governo de Mikhail Gorbachev rejeitou ajuda externa e permitiu que muita gente continuasse a viver em zonas contaminadas, pois o desastre só foi "admitido" cerca de 3 dias depois.

Depois de dado todo um contexto histórico, está na altura de nos confrontarmos com os seguintes dados:
- O Irão é dos países que tem poder nuclear, e vai passá-lo também para o Sudão.
- Em Espanha existem várias centrais nucleares, duas delas praticamente na fronteira com Portugal.
- Os sarcófagos contruídos à pressão após o desastre acima referido de 1986 tinham uma longevidade apontada para os 15 a 20 anos, eram portanto provisórios. Passados precisamente 20 anos, continuam sem reparações, tendo já várias ONGS alertado para uma crescente fuga de material depositado em contentores radiactivos, que podem um dia libertar a parte dos 190 toneladas de combustível que havia na fatídica noite de 26 Abril de 1986.

Uma das grandes vantagens da energia nuclear, é sem duvida ser super poderosa e limpa. Não serão dois termos algo contraditórios?

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