sexta-feira, 28 de abril de 2006

Reflexão em «caso prático»

Nem de propósito!... Li ontem um artigo numa revista Espanhola, «Nuestro Tiempo», que dava por título "Os Quatro Educadores".
O autor escrevia então sobre os educadores das crianças e adolescentes dos dias de hoje, o Universo era compreendido entre os 3 e 18 anos, e baseava-se apenas na carga horária que a: Família, Escola, Grupo de Amigos e Meios de Comunicação, empregavam neste Universo e a importância dos mesmos.

Hoje ao passar os olhos pelo Jornal de Noticías li: "Transferido aluno que bateu na Professora". Pois bem, fui de encontro a um «caso prático» do artigo acima mencionado. É de referir que esta situação se passou na Escola do Cerco, na cidade do Porto, contúdo e não obstante a esse facto estamos a falar de alguém que frequenta o 2 ou 3 ciclo básico.

Relacionei então o que li com esta triste notícia. Qual daqueles pilares acima referidos terá falhado?! Será que o Grupo de Amigos teve a sua cota parte de influência? ou a Escola? Não me parece, pois vem na notícia que todos os alunos e Professores fizeram uma iniciativa intitulada "Pelo direito a aprender em segurança".

Resta então a Família e os Meios de Comunicação!

O Professor, penso eu, deveria e deverá ser sempre alguém considerado com respeito, que tem por função ser o nosso «Mestre»(como se chamava não vão muitos anos no ensino Português), pois além da sua função pedagógica, ensina-nos também a conviver, saber estar, ser ouvido e fazer-nos ouvir entre terceiros.

Vem expresso no artigo "os Quatro Educadores" que a Família tem perdido "carga horária" em relação aos Meios de Comunicação e o Grupo de Amigos, pois estes ocupam cada vez mais o seu educando. Mas são este tipo de situações que nos fazem pensar e perceber que a Familia tem um papel preponderante e fundamental no dia-a-dia e futuro deste.

Gostava de saber o que pensam sobre isto, e se não se atrevessa por vezes um crise de valores dentro da nossa sociedade jovem!?...

2 comentários:

Pedro disse...

Mais um tema que pode ter várias reflexões. Vou então comentar este artigo recuando uns anos na minha vida. Lembro-me de ser um aluno interessado mas completamente rebelde. Encontrei vários tipos de professores ao longo da vida mas indo directamente ao assunto que me leva a escrever esta resposta, encontrei também muitos professores descontentes com a vida que levavam e que assumidamente desempenhavam o seu papel somente por desespero de nunca terem conseguido entrar nas áreas que sempre desejaram.
Em todas as áreas encontramos gente que não tem vocação alguma para desempenhar o seu trabalho com “alegria”. Penso que a partilha do conhecimento deve ser algo agradável. Se o individuo não esta contente com o que está a fazer, muito dificilmente irá conseguir leccionar com motivação. Não havendo incentivo as crianças ou jovens vão perdendo o interesse.
Educar alguém não tem regras nem muito menos manual de instruções. A forma como a geração activa foi educada teve uma envolvente muito diferente do que a geração que eles têm agora de educar. Ninguém está preparado para ocupar o lugar de educador, mas quando chegar a minha altura, espero ser capaz de dar espaço, entender e principalmente não reprimir ao mínimo erro. Um líder moderno não procura o medo, mas o respeito. Actualizem-se Srs. educadores.

Filipe Lello Ortigão Guimarães disse...

Qeres falar em educação... Quando ainda hoje li que uma Avo mantinha um neto numa jaula..